1.9.12

bebo vinil, escuto cinema

La voyage dans la Lune, Méliès


Sonhava um sonho mágico onde dragões e mulheres-estrelas poderiam voar. As paredes não precisavam ser de concreto para parecerem paredes. Casas de vidro, e pessoas de papelão se misturavam a utopias de livros, personagens da própria história, conto da existência. Brinquedos e magia, uma dança perfeita, feita para o sentido mais bonito: o olhar. A observação dos tempos que chegaram coloridos nas memórias, desbotados em telas.
— Olha lá um trem!- deve ter gritado algum pequeno, senhorita ou moço recém feito, quando avançou sobre  platéia aquele resquício de imaginação. Quando criador e criatura fizeram par.
Podíamos criar verões no fim mesmo que o inverno mal tivesse findado, podíamos te levar ao Sul, mesmo que ao Norte pertencesse.
Era início, meio e fim, história, cor e ruído, da mente e espírito pra sequências programadas de fotografias. Foi Méliès, era magia, é cinema.




2 comentários:

"a palavra escrita permanece."