6.4.13

"Pense. É de graça."


Society. You’re crazy Breed.*
Society, you’re crazy bitch.

Há alguns anos, venho questionando a necessidade da religião como guia de explicação para os acontecimentos que nos cercam. Ao contrário dos meus pais e avós, tive acesso a diversos meios de comunicação, pessoas (que eu agradeço eternamente por terem me ensinado não somente a pensar, mas a pensar criticamente) e culturas contestadoras. Essenciais na minha formação pessoal, assim como a formação dos meus pais, errônea e frágil no que diz respeito à igreja, especialmente a católica, na qual fui inclusive, catequizada.

Não, eu não acredito em deus. Sim, eu respeito a sua opinião, religião, crença, seja ela oriunda da igreja protestante ou saída de um templo budista. A fé, a meu ver, é um sentimento totalmente pessoal que foi transformado por alguns pregadores em fonte inesgotável de promessas que vão além do concebível e real. Ela é um instrumento de manipulação, baseado em escritos de origem duvidosa, que rebaixa minorias a simples ‘’pecadoras’’, mas ao mesmo tempo prega o amor incondicional de uma força maior sobre esses mesmos ‘’errantes’’.

É um absurdo panfletarem que o homossexualismo é uma doença que pode ser curada através da igreja, ou mesmo as afirmações sexistas do querido presidente da Comissão dos Direitos Humanos a respeito das mulheres no mercado de trabalho. Religiões dentro do Estado representam atrasos gravíssimos no que diz respeito as questões urgentes como aborto e pesquisas científicas.
 O que são esses direitos humanos, afinal?  Ao ver de muitos religiosos apenas a defesa da “moral” de costumes ultrapassados (ora, que outro nome levaria esse retrocesso que pede por um Estado Cristão em pleno 2013?), baseados em escolhas de maiorias sem rosto.

Enquanto isso, em redes sociais, explodem ativistas religiosos e intolerantes, seguidores, meros publicitários das opiniões alastradas dentro de salões cheios de vozes e dízimos.

Não é a extinção da religião que trará a resolução dos problemas relacionados à homofobia e suas questões ligadas, mas a separação destas das nossas leis e justiças. Não somos homogêneos em nossa cultura. Mas para nossa Constituição, direitos e deveres, sim.


Não costumo tratar de temas assim no blog, esse post foi por ocasião de um comentário surreal que li no Facebook, de uma garota da minha idade (17) levantando bandeira para o Marcos Feliciano.
“Pense. É de graça’’, Joaquín Lorente

*trecho de ''Society'', composição do Eddie Vedder para o filme ''Into the Wild'' 


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