24.7.11

libert. ar ♪



Julho:
Quis me afundar em braços conhecidos, e acabei pendendo na loucura que é se inteirar de outro coração.  Foi que novamente, na nossa brincadeira de sentir-e-não-sentir, eu vi de novo o labirinto que nós formamos. Senti ciúme, te fiz rir com meu jeito tolo desses planos loucos de fugir de mim. Descobri que não posso ir embora totalmente, pois nós fazemos parte um do outro, és um pouco do meu sorriso, do meu abraço, um amigo.
Sei que acham-me louca por esses quase nove meses desse laço que não se soltava. Ele já estava desatado faz tempo. E foi meu aniversário em que sorrisos coloridos se misturaram com tédios em preto e branco que revelaram sombras que eu não via. Abriguei-me em livros de capas azuis, acho que era Virginia, rumando um farol, aquela mulher que morreu para não doar seu caos aos outros. Queria o mesmo, mas se levarem meu caos, sobra o vazio.
Te deixo, fico comigo.


Juntei cacos de fragilidades minhas que caíram pelo caminho. Construí uma fortaleza, mas disseram-me que cairia com qualquer maresia. Fez-se mar, mas os tijolos continuaram lá.


(agradeço-lhe pelo carinho)

2 comentários:

  1. liindo! queria tanto saber escrever como você :)

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  2. Por não saber como começar esse comentário, fiquei suspirando durante longos minutos em frente ao seu texto que me roubou todo o pensamento. É daqueles textos que ficam grudados em mim, que toca lá no fundo, com um tal encanto que só você consegue ter.

    Beijo menina bordada :*

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"a palavra escrita permanece."