Gosto de Mafalda e de quadros de Frida. Gosto de poemas de amor e de canções sobre tristeza também. Barbas me atraem, assim como risadas. O amor está, definitivamente, nas risadas. Gosto das bebedeiras de Bukowski e do niilismo de Woody. gosto de cafuné e camisetas de banda. Não sei me entregar, não sigo regras especificas. Tenho medo. Saudade, chatice acumulada.
Veneza, bar, água, pássaros, livros, mistério, símbolos, flor. Punks not dead e uma iraniana que não vai sair da minha cabeça. Guarda-chuvas, guardar chuvas. Sympathy for the devil. Balões, placas de ‘boas vindas’, árvores, quadrinhos. Não acordar nunca pras primeiras aulas. Odiar termoquímica, química, caralhoquímica. Ser distante, ter distância. Gostar de palavras mais que de pessoas. Chutar o amor com o Snoopy.
Cantar Beirut em silêncio, aspirar as voltas da droga do meu coração estúpido como se aspira fumaça podre das grandes cidades. Cidades cinzas. Cinza. Desconstruir verbos. Juntar tudo do Leminski, as noites estreladas, as princesas da Disney. Recortar como se fossem folhas de papel laminado e fazer uma máscara. De carnaval? Mas que nada. Pro ano todo mesmo. Nem mesmo o tédio me surpreende mais.
It’s hard to get around. Foi um ano... chato. Mas intenso. Ao mesmo tempo. Foi como chover e fazer sol. Mas sem o arco-íris e as cores todas. É difícil dar a volta, principalmente quando você não sabe exatamente o que está rodeando.
Ficar escrevendo horas a fio, como se tudo isso fosse normal. Brindar quando eu não quero sorrir. Conversas oníricas, choros. Refúgios. Quem é você? Porque é você?
To cansada. Desse plágio todo de mim mesma, de escrever do mesmo jeito, de sentir porras de borboletas no estômago. Da acidez. Cansei dos planos, dos mesmos contos, da mesma preguiça. De nunca fazer nada e fazer do nada um tudo. Nenhuma carta chegou. Não mudaram o mundo. Não me mudei. Mudei-me. Emudecer. É, agora pode acabar.
Que venha! E nós naquele esperança (inútil?) de um ano melhor.. hum..sei.
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